segunda-feira, 15 de abril de 2019

O reencontro… ou mais uma metamorfose nessa aventura chamada vida

Ao longo de 41 anos, perdi a conta de quantas metamorfoses passei. Como diria Raul,
de fato eu “Prefiro ser essa metamorfose ambulante”.
Resolvi colocar pra fora as sensações das mudanças que estou vivendo agora,
porém antes preciso dar uma contextualizada. Divorciada há quase 3 anos, mãe
de duas, trabalhando ativamente a gratidão pela minha ancestralidade e a
aceitação da minha essência, me libertando de crenças e retomando meu lugar
no espaço. Se for entrar em detalhes, vai dar texto pra um ano inteiro!
Bem, nestes quase 3 anos, senti a real necessidade de vestir uma armadura
para passar pela batalha. Me pareceu o modelito ideal para o momento.
Voltar para a casa da mãe, ser responsável por duas crianças pequenas sem a
participação do pai, continuar a rotina de trabalho, lidar com situações
burocráticas de divórcio, além da não aceitação da outra parte pela separação
- com ameaças e a continuação dos rituais de violência psicológica.
Tendo dado mais voz ao meu lado “masculino” (não em gênero – cabe a
explicação – mas sobre a energia masculina do fazer mais do que pensar),
adquiri também uma postura mais “EGOísta”, passei a cuidar mais de mim
– academia, corrida, saídas noturnas - coisas que me davam prazer e satisfação
imediatas.
Passei a ter total horror em pensar em qualquer possibilidade de relacionamento.
O relacionamento era com minha liberdade (ascendente em sagitário), o que
jamais vi como errado e continuo não vendo, porém, estava numa postura
absurdamente radical (sol e lua em câncer foram lançados num porão).
Não permiti que ninguém se aproximasse, e na única vez que cedi, me machuquei,
tranquei os sentimentos de volta na concha e continuei vivendo a tão sonhada
liberdade (era o que eu de fato acreditava).
Abre parênteses: “Meu papel como mãe amorosa e dedicada, acalmem-se, não
deixou de ser exercido” Fecha parênteses.
Depois de ter literalmente voltado das cinzas num susto em 2017, passado por
longos processos de autoconhecimento, autodesenvolvimento, auto aceitação,
recuperação de minha autoestima e autoconfiança, compreensão de minha
personalidade, encontro com meus valores e propósito de vida, libertação de culpas,
definição de novas metas de vida, hoje eu passo a um novo estágio: o de retomar o
meu “feminino”, a minha “água”. Como isso?
Estou tirando as camadas da armadura que vesti há uns anos atrás. Foi minha zona
de conforto pelo tempo necessário. Me senti segura, forte, superei muitos
“inimigos e monstros” com ela. Mas hoje ela está com um peso que não é mais meu.
Sufocante e apertado, sabe?
E daí que ao mesmo tempo que ela começou a incomodar, a nova metamorfose
começou. Novos projetos vieram (Portal Poder de Mulher na veia kkkk), novo curso de
autoconhecimento focado no feminino (sinais do universo?), entrei num modo BEM
introspectivo e reflexivo, onde de fato consegui ouvir meu coração e minha mente
gritando: volte a ser quem você realmente é. Ame, doe-se, viva, sinta, conecte-se, permita-se.


Tá fácil não, minha gente. É estranho despir-se. Mas a leveza que vem, vem com
cheiro de flores. Vem com aconchego. O amor volta a ser sentido plenamente
correndo nas minhas veias, em cada gota do meu sangue. Reconecto-me com
tudo que sempre foi meu e que só estava esperando me reencontrar.